EU EM MIM
Ouço o soturno envazar das veias
Que nem, embora sejam aldeias
Tórridas, incólumes e hipócritas
Cegas, rotas e prófugas ceias
A nos alimentar com o fel da boca
Eu, confuso, vingo-me e singro
Aqueles velhos, soltos e austeros mares
Com gosto de lobisomem, donde urram feras
E o meu mais esdrúxulo cansar ecoa sozinho
Não há pena ou penar; não há escória ou versar
Só espero de ti, um alvéolo pelo qual possa me desesperar
Para, pelo e ante o qual possa amar
E só amar em todo o solo do restar
Sobretudo a trinar em bocejar
Um agouro, um sabor maléfico, supro e sápido
Um entorno da botelha ácida, o suplicar do segurar
A alegria que há em mim!