Página em branco
A vida se mostra sempre plena
no infinito do seu horizonte
Ou na vértice dos seus extremos
Se revela calma e serena como
numa manhã de primavera ensolarada
E se transforma rápida como um raio
Em tormentas e fúrias incontroláveis
A vida se mostra sempre plena
muda tudo o que alcança
Onde reina as trevas, leva a fagulha
Faz desfalecer a ordem com a ideia
Não há certezas na vida
O amor que é sentido, depois de vivido
É a mesma raiva e ódio que se revelará
Deixa a loucura e a razão andarem
juntas como duas irmãs
A vida não é boa e, não é má
Simplesmente é tudo que há
Se existe a maldade e o bem
Pertencem à vida. E essa faz o uso da forma que quer
Todo ser e todas as coisas
São partes da vida, propriedades dela
O amor, o ódio, a felicidade, o fracasso
A paz, a guerra, o sentido e a direção
Tudo que há, não é do ser e nem das coisas
É da vida. A vida é plena.