Nova perspectiva

Recobrando minha visão, coerência e sentido enquanto a imersão de suas palavras me revelam verdades hostis, cruéis e necessárias. Recapitulando corretamente as cores que ecoaram tonalidades discretas adornando paredes vazias, penetrando as janelas, refletindo e adquirindo personalidade no calor de nossas peles e no frio de cada cômodo.

Fora assim que captei diferença ao segurar sua mão, espiar feições e adivinhar o rumo que tomaria os diálogos desconexos sussurrados em vozes indefesas. Hesitações e breve nervosismo, as pistas do mistério antecipam revelação, tece mudança e alterna as direções e rotas planejadas pelo descartado destino.

Mas não acredite por um segundo sequer que não encontrei compreensão, empatia ou afirmação por entre a coragem que ditava confissões guardadas em ti, deparando-se finalmente com a liberdade e o alívio de não haver mais nenhum segredo em nossa distância, conexão e ritmo. Do fim abrupto a mais um começo que surge moldado em cinzas e ruínas reconstruídas.

Pois nesse amor há mais que as fantasias nos abrigando da realidade. Do momento em que não houvera mais o que dizer até quando o silêncio fora uma força extinta em nossa natureza. Os dias caem sobre nosso domínio, pequenos e finitos, cabendo em nossas palmas e sempre de impossíveis predições.

Divagando num desamparo de um futuro de linhas tortas e letras embaçadas, apagadas e reescritas, adaptando-se à poesia nas fases e ciclos de sua metamorfose. É como aprender uma língua estrangeira, desvendando significado em descobertas que se encaixam e complementam, conquistando uma nova perspectiva sobre as novas velhas coisas.

Ao seu lado, de conversas cativantes e momentos registrados em fotografias e páginas dedicadas a nós. Eu prometo não temer, eu juro jamais ressentir por ti. E de qualquer forma, sei que nunca será isto um caso perdido ou uma confiança traída, porque tenho a minha absoluta certeza de que, após tudo, contigo eu viveria até meu último minuto sem nenhum traço de arrependimento.