Agora sim
Ouvi sininhos assim que atravessei a multidão, não podia seguir os passos da minha vontade; segui então com os olhos cravados na porta do dia.
Perfumes se espalharam no ar roçando a pele tão logo a noite abriu-se num leque de luminosas e pequeninas chamas, era essa a novidade que eu contava existir além dos meus olhos visionários.
Havia o soluço da saudade em cada esquina que me encontrava desarmada; na incerteza de encontrar o caminho sem volta alcei vôo...me perdi no infinito de mim, não mais encontrei o rumo da terra.
De tanto sonhar acordada perdi o lastro por onde vaguei pesada. Sem visgos, sem cor ou nome vislumbro a imensidão por onde passeiam minhas prosas.
Estreladas em inúmeras constelações brilham minhas poesias e sonetos melodiosamente colocados, pulsando vivos como os concebi.
Sim, agora ouço sininhos, como só ouvem os apaixonados, como eu pela liberdade de volitar por lugares que só a imaginação pode levar.