A vida do avesso

Era uma vez dona Chiquinha,

Era minha vizinha.

Gosta de ir para igreja.

Depois de tomar uma cerveja.

Ela chorava sem parar,

Agarrada a cruz parecia não largar.

A mulher era muito folgada,

Depois de ficar embriagada.

Corria pela rua inteira,

Ela levantava muita poeira.

Chiquinha fazia muita besteira.

Até colocou o marido na coleira.

O marido ficou bravo e foi embora,

Jogou seu casamento fora.

Começou a andar no avesso,

Porque a sua liberdade não tem preso.

Virou a cabeça numa mesa de bar,

Ganhava a vida jogando bilhar.

No bilhar era vencedora trapa,

Não errava a boca da casapa.

Mudou seu nome e seu endereço,

Afinal uma vida livre não tem preço.

Agora ela se chama Marinete,

Joga, pula, dança e nasça chiclete.

Leila Rodrigues
Enviado por Leila Rodrigues em 12/05/2020
Reeditado em 12/05/2020
Código do texto: T6945292
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