Cartas não mais

Eu nunca fui de fazer bilhetes.

Houve um tempo em que primava em escrever cartas; eram enviadas a quase-amores, botões em flor.

Gostoso mesmo era a expectativa da resposta, da carta de volta vindo ao meu encontro. Ansiosa espera!

Mas também havia dias em que o carteiro passava em frente ao portão de minha casa sem nada trazer para mim. E eu esperando uma resposta que talvez ainda estivesse a caminho.

Lembro-me que um dia cheguei a perguntar ao moço que entregava as cartas se havia alguma para mim. A resposta foi não.

Desde então, passada a fase dos quase-amores, entramos na era da internet e as cartas sumiram de vez da minha vida.

Chico Legal
Enviado por Chico Legal em 24/05/2020
Reeditado em 24/05/2020
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