SABOR DE AMOR... À INCANDESCÊNCIA

Que fornalha!

Luz em tons crepusculares, grises de engasgar

Sufocante!

Ao deslizar de coisas pela alvorada, plagio-me.

Sopro tolices enverdecidas ao cobertor de porvir

Ao vento que urge em aquecer, em intumescer

Afeto do desafeto, afago do quase feto: amor.

Hipófise retilínea e condescendente

Absoluta pele de escamas lânguidas, indecifráveis

Com Mozart comendo pela raiz, com sapos no ventilador

Vou ao convés e caço uma estrela.

Mar de espírito...

Na frente, o resquício deslocado à riba

Sentindo o ardor no esquife, temendo pelo anonimato

Sabia! Não havia de rasgar a pétala!

Ao menos, sangrei contente com ósculo dos tentáculos seus

Em pranto, tornado por manto tamanho que me fez prostrar

Diante dum gêmeo, perante o espelho...

A escalpelar.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 15/10/2007
Reeditado em 24/04/2008
Código do texto: T695734
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