A queda

E o levantar como dói

Acordar e ver que tudo continua;

A vida, o vento, a música as sombras;

As luzes;

As vozes, as cruzes, as velas;

O cheiro, o medo;

O arrepio.

O remédio que não cura;

Tudo está no mesmo lugar.

Isso me irrita e me acalma;

Aos meus olhos o caminho de volta não existe.

O retorno está em obras;

E a sujeira me contaminou de todas as maneiras.

Fez calar meu pranto, fez amargar meu canto.

Quanto de medo ainda existe?

Quanto de mim ainda não se partiu?

Quem partiu? Fui eu...

Patricia de Medeiros
Enviado por Patricia de Medeiros em 27/05/2020
Código do texto: T6959694
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