segunda pele
Folhas secas são levadas pelo vento eu sou levado por você.
Estais entranhada em mim, como oxigênio;
És minha segunda pele,
Vivo num cárcere voluntário, sou para ti como uma lebre na mira de um caçador;
Não tenho como fugir, fico a imaginar como viverei sem a tua presença, sem teus olhos brilhantes, boca, narinas, cabeça, cabelos, peitos, bunda, seu andar, suas ancas;
Não tenho como não usar clichês para te descrever;
És meu mirante, meu golfo e meu farol;
O que faria sem a tua presença? Como poderei viver sem minha outra pele?
Muitas vezes me anulas como indivíduo, me reduz a nada,
Culpa-me pelos seus infortúnios, mas sei que o queres mesmo é estar grudada feito pata de caranguejo;
És a mão, sou a luva;
Existencialmente somos um, embora nossa individualidade ainda persista.
E na medida que os anos passam vamos consolidando nossas conquistas;
É complicado conciliar desejos, medos angústias, tédios, enjôos um do outro.
Viver a dois é uma arte que requer um esforço além do bem querer; Exige-se paciência, virtude e tolerância;
Como dizia Sartre “o inferno são os outros" muitas vezes a vida a dois fica infernal, mas só a capacidade de renovação é que une: projetos de vida, sonhos por realizar, novas conquistas, uma receita nova de bolo, um livro interessante, um filme, uma música, Lake Humans Do, por exemplo de David Byrne; ou "Tatuagem" de Chico Buarque...
É algo obsessivo, intempestivo; confesso: às vezes dá vontade de sair correndo, comprar cigarros e nunca mais voltar...
Mas quando penso nessas coisas me remete aquela música de Alceu Valença: " na primeira manhã que te perdi, acordei mais cansado que sozinho, como um conde falando aos passarinhos, como um carro correndo em contra mão..... solidão(....)"
Folhas secas são levadas pelo vento eu sou levado por você.
Estais entranhada em mim, como oxigênio;
És minha segunda pele,
Vivo num cárcere voluntário, sou para ti como uma lebre na mira de um caçador;
Não tenho como fugir, fico a imaginar como viverei sem a tua presença, sem teus olhos brilhantes, boca, narinas, cabeça, cabelos, peitos, bunda, seu andar, suas ancas;
Não tenho como não usar clichês para te descrever;
És meu mirante, meu golfo e meu farol;
O que faria sem a tua presença? Como poderei viver sem minha outra pele?
Muitas vezes me anulas como indivíduo, me reduz a nada,
Culpa-me pelos seus infortúnios, mas sei que o queres mesmo é estar grudada feito pata de caranguejo;
És a mão, sou a luva;
Existencialmente somos um, embora nossa individualidade ainda persista.
E na medida que os anos passam vamos consolidando nossas conquistas;
É complicado conciliar desejos, medos angústias, tédios, enjôos um do outro.
Viver a dois é uma arte que requer um esforço além do bem querer; Exige-se paciência, virtude e tolerância;
Como dizia Sartre “o inferno são os outros" muitas vezes a vida a dois fica infernal, mas só a capacidade de renovação é que une: projetos de vida, sonhos por realizar, novas conquistas, uma receita nova de bolo, um livro interessante, um filme, uma música, Lake Humans Do, por exemplo de David Byrne; ou "Tatuagem" de Chico Buarque...
É algo obsessivo, intempestivo; confesso: às vezes dá vontade de sair correndo, comprar cigarros e nunca mais voltar...
Mas quando penso nessas coisas me remete aquela música de Alceu Valença: " na primeira manhã que te perdi, acordei mais cansado que sozinho, como um conde falando aos passarinhos, como um carro correndo em contra mão..... solidão(....)"