Andando na Praia

Quando ando na praia vou observando o que se passa ao meu redor.

Neste momento percebo que esse espaço só pode ter sido criado por uma criatura superior na sua sabedoria.

Na praia se vê de tudo: tristeza, alegria, beleza e poesia. Um espaço especialmente democrático, onde a vida acontece. Onde de tudo aparece.

Um espaço capaz de acolher a todos indistintamente sem preconceitos nem escolhas.

Gente de todas as classes, todas as cores e de todas as idades. Jovens, velhos, ricos, pobres, negros e brancos. De diversos estados países. Pessoas que passeiam felizes.

Sem falar nos vendedores ambulantes que encontram na praia uma oportunidade de sobrevivência e usando de inteligência vendem de tudo um pouco a transformando num shopping natural, ao ar livre, bem gostoso. Cheio de luz e de cor.

Tem de tudo um pouco: água, sorvete, picolé e água de coco. A baiana de acarajé trazendo delícias irresistíveis. Difícil é não comprar.

Tem saída de praia, biquíni, e o sorriso da morena faceira vendendo cocada de todo sabor.

Tem feitiço e magia, numa perfeita sintonia entre a felicidade e o amor. Uma diversidade completa, repleta de vida, de imagens, cheiros, cores e de movimentos. Relembrando momentos e despertando sentimentos que pareciam esquecidos.

Os velhos ficam moços e cheios de energia. Os feios ficam belos com a simplicidade da sua alegria. As crianças com sua ingenuidade enchendo o ar com os seus gritos e os jovens cheios de vitalidade e seus sonhos infinitos.

A praia é um lugar onde todos podem se sentir mais perto de Deus e perceber o quanto ele foi generoso quando nos deu este presente da natureza, e a sua mais profunda beleza.

Mistura de sol e mar, pedra, onda e areia. E há quem acredite na sereia, mistura de peixe e mulher. Uma mistura capaz de gerar o amor daquele que ouvindo seu canto cativante, fica imediatamente apaixonado, perdidamente enfeitiçado e faz o que ela quiser.

E pensando desse jeito, nesse lugar criado por Deus, não se pode ver defeito, pois na sua infinita bondade, nos ofertou essa “beldade” como um pedaço de paraíso na terra. Cabe apenas ao homem, num gesto de gratidão e no seu juízo perfeito trata-la com zelo e respeito