Pêssego
Mais uma vez ela se esgota.
A espera pelo pêssego maduro
Por ora, se encerra e deixa desencantos
A pele, antes doce e suculenta, agora apodrece
Amarga, porosa, ojerizada pela vista.
O escárnio deixado pelos parasitas. A queda.
Desleixo do pessegueiro, altivo mas ludibriado pelas pragas.
Tudo deixa o espetáculo desastroso.
O rubor de outrora já dispensa admirações
Resta apenas um espaço vazio para mais um fruto descartado.