Pêssego

Mais uma vez ela se esgota.

A espera pelo pêssego maduro

Por ora, se encerra e deixa desencantos

A pele, antes doce e suculenta, agora apodrece

Amarga, porosa, ojerizada pela vista.

O escárnio deixado pelos parasitas. A queda.

Desleixo do pessegueiro, altivo mas ludibriado pelas pragas.

Tudo deixa o espetáculo desastroso.

O rubor de outrora já dispensa admirações

Resta apenas um espaço vazio para mais um fruto descartado.

Metanóia
Enviado por Metanóia em 01/07/2020
Reeditado em 01/07/2020
Código do texto: T6993036
Classificação de conteúdo: seguro