SEM RUMO
A música que toca
Toca-me profundamente
Meu estado de espírito agora
A quem importa?
O vinho já faz efeito
Caminha sem jeito
Com minhas ideias.
Quão pobre sou eu
Talvez um estupor
Pobre de sentimentos
Insensível às lágrimas alheias
E até as minhas próprias.
Sou realmente
Um poeta perdido
Sem rumo,
Sem prumo
Alheio a tudo.
Tudo o que me resta
Um buraco,
Uma fresta,
Um lugar profundo,
Um adeus,
E mais nada!
JOEL MARINHO