desconhecidos
Eu costumava ter um álbum de fotos suas, sonhava com seu sorriso todas as noites e sempre acordava sentindo um vazio, um aperto no peito. Você poderia dizer quantos textos escrevi pra você? Dezenas… A forma mais fácil de inspiração: pensar ou sonhar com você. Lembra das cartas? Sempre que finalizava eu chorava e sempre sem motivo, ou melhor, pelo mesmo motivo: você. Eu sempre fui uma boba apaixonada. Mas o tempo passou, certo?
Eu percebi que eu nunca fiz muita diferença na sua vida, e eu sempre quis que fosse diferente. E com o tempo essa consciência se tornou sólida pra mim. As coisas mudam com o tempo.
Eu não menti quando disse que cansei, e não menti naquele “adeus”.
E agora? Ah, agora não tem mais diálogo, sonho, pensamento. Não tem aperto no peito, saudade, choro.
Sim, eu ainda escrevo mas eu não sinto aquilo que escrevo, eu sentia. Hoje eu escuto aquela música sem ficar triste e ás vezes sem lembrar de você.
Você se tornou um numero de telefone, um contato nas redes sociais. Somos desconhecidos que em um passado distante se amaram. Nada mais.