MINHA CARA, LEITORA
É minha cara rústica, depreciada
Com ás do tempo a me levar o triz
Ventando a chacoalhar as lágrimas
É minha cara.
Outro dia a encontrá-la descabelada
À beira da calçada, insistindo em ser rara
Não sei se sabia o seio ou se lembrava da raiva
Pobre cara, esta minha cara.
Toda noite sem a tara resgatada
Restam poucos meados de oceano
Entre vales e enciclopédias, és a única
É, minha cara, nem assim, tu viverás minha prosa...
Lastimosa.