Amor eterno, eternos amantes.

Seu olhar era fixo, era um olha de piedade, de clemência, olhar de uma pessoa que daquele lugar não queria partir.

Sua amada ali estava, o desespero já tomava conta, a despedida era em lagrimas e suspiros, longos suspiros.

Não existia mais saída, era uma densa contagem regressiva para o fim e ali estava os dois, mudos naquele quarto de hospital.

Ele tocava sua face em um dos mais delicados gestos feito por dois eternos amantes. Não conseguia segurar as lagrimas que insistiam em manchar o lençol de sua cama. Seus lábios já secos e quase sem vida tentavam expressar uma frase.

Assim, ela pode ouvir, muito baixo como um sussurro à frase:

“Te Amo!”.

Logo depois seus olhos apagaram e sua mão que estava sobre a face de sua amada caiu bruscamente, pousando na cama, já sem vida.

O Silêncio ali permanecia e minutos depois dele ter dito aquela frase, ela então respondeu:

“Me espere”

Como de uma forma súbita ela ali caiu, sobre peito dele, inconsciente.

Tinha ido encontrá-lo na eternidade.

Samuel Ramos
Enviado por Samuel Ramos em 21/10/2007
Reeditado em 04/10/2008
Código do texto: T702991
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