AO TEU EGO
Que se agregue ao mar o arrulho
Sôfrego e ermo muro erigido ao pó.
Que se ascendam os panos molhados
Tenho a autarquia daqueles versos.
Que se escapem nas escadas, o vezo ligeiro de amar
Ao recôndito olhar, o fitar dos Deuses.
Que apelem aos céus vindouros, o elã vital
Tenho o arco, a flecha e a sobremesa.
Que haja branco às vestes do crepúsculo
No peristaltismo singelo, o Lophostoma trissa.
Que se emerjam luzes das profundezas, que se apaguem!
Mover a vida com o combustível octano do amor...
Sempre avante aos apelos
Mais e tais instâncias inapeláveis, irresistíveis
Em saudáveis curvas lapidadas ao torno
Tórrido desejo se esgueira e aquece a fornalha.
Que me valha a vida toda ao seu lado
A persistir, a se deleitar, a ruborizar
Que me ingira a essência plena do desmaiar noturno
E assim, o assomo mudo deste pedaço de história perdurará para sempre!