AO TEU EGO

Que se agregue ao mar o arrulho

Sôfrego e ermo muro erigido ao pó.

Que se ascendam os panos molhados

Tenho a autarquia daqueles versos.

Que se escapem nas escadas, o vezo ligeiro de amar

Ao recôndito olhar, o fitar dos Deuses.

Que apelem aos céus vindouros, o elã vital

Tenho o arco, a flecha e a sobremesa.

Que haja branco às vestes do crepúsculo

No peristaltismo singelo, o Lophostoma trissa.

Que se emerjam luzes das profundezas, que se apaguem!

Mover a vida com o combustível octano do amor...

Sempre avante aos apelos

Mais e tais instâncias inapeláveis, irresistíveis

Em saudáveis curvas lapidadas ao torno

Tórrido desejo se esgueira e aquece a fornalha.

Que me valha a vida toda ao seu lado

A persistir, a se deleitar, a ruborizar

Que me ingira a essência plena do desmaiar noturno

E assim, o assomo mudo deste pedaço de história perdurará para sempre!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 11/08/2020
Código do texto: T7032916
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