BARQUINHO DE PAPEL
De repente, a chuva parou...
Não fora forte,
Pequena enxurrada formou,
Por ela desce um barquinho de papel
Navega com certo porte
Imagino que ele me transporte.
E para onde me levará?
Que importa...
Se ele me conforta...
Neste sonho, que é só meu
Irei por caminho sem volta,
Vou navegar nas nuvens,
Brincar por entre as estrelas,
Semear sonhos pelo céu,
De alegria, paz e amor,
Esparramando letras e cor.
Nada além
E tudo aquém...
Nas ondas da ilusão,
Desliza meu barquinho
Sem medo de ferir meu coração.
Navega feliz na imensidão
E a Terra vai ficando ao longe,
Perdida entre outros Mundos
Eu solitária? Não!
Tenho meu sonho profundo,
Navegando no mar da poesia
Tudo posso, e nada me contagia...
Na enxurrada da vida,
Deixo me levar.
Agora sem dor...
O nada vai ficando para trás...
E eu me torno em sonho e amor...
Tudo me compraz,
Por que agora sou chama,
Luz e vida que trama,
Nunca mais despertar,
Apenas sonhar...