Por ainda sonhar, até já decorei Camões

A cada andar dos ponteiros do relógio, um novo dia.

Uma oportunidade que se oferece para também sermos novidade.

Novos para a vida que chega com o hoje... um espaço ainda em branco. E eu aproveito. Dá-se um jeito de transformar alguma coisa. Quebrar um pouco a rotina. Amenizar a mesmice do cotidiano. Modificar o ontem.

Tento não ser tão chata. Faço de tudo pra incomodar menos alguém. Ser mais solidária; mais humana, enfim.

Mas (ah! sempre esse 'mas' teima em aparecer!... implicâncias com essa palavrinha!) em tudo há o imutável, o inextirpável.

Dentro de mim, o que se mantém rochoso, empedernido, é todos os dias sonhar com o amor... o teu amor. Há tempos é assim. Não tive, ainda, como mudar, modificar. Até já decorei Camões:

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

Muda-se o ser, muda-se a confiança.

Todo o mundo é composto de mudanças,

tomando sempre novas qualidades."

Pouco adiantou! O sonho permanece... é como as ondas do mar que a todo minuto vêm beijar a pedra (quase esquecida) que as aguarda silenciosamente, em murmúrios que só elas conhecem e juntas os desfrutam.

Meu sonho!... tua afeição... ser feliz contigo!

Um dia, quem sabe...

lilu
Enviado por lilu em 22/10/2007
Reeditado em 22/10/2007
Código do texto: T704745