Sequestro e fuga



Para onde fostes inspiração,
Ao me tornares poeta soturno ?
Não penso,solitário,nem durmo.
Sofrendo em mim toda tua negação
Eu que fui ao amor tão devotado
Não passo hoje de um pobre coitado
Um triste miserável sem inspiração
A emoção da poesia,
tirou-me toda a alegria até de viver
Ao escrever, ,quando o faço
Não consigo sequer um traço
Do que fui antes de ser
Minhas palavras em seu lamento
me soam folhas ao vento
voando sem direção
Talvez porque as rimas que faça
Representem apenas a desgraça
De um pobre poeta sem coração.



 
Pedro L Cipolla
Enviado por Pedro L Cipolla em 27/08/2020
Código do texto: T7047460
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