Laços.

Não trago imagens choradas de águas passadas,

Mudando de direção como a lua em suas fases,

Não mudo os conceitos das razões estipuladas,

E nada, enfim, que possa abalar minhas bases,

Vislumbro o futuro muito além dos horizontes,

Na causa inerente que solitária me acompanha,

Tenho na alma a nota do alcance dos ‘ontontes’,

Transformando a vida na análise de quem sonha,

Não menciono opiniões sobre feitos esquecidos,

Vivendo apenas as saudades e suas lembranças,

Nem cito termos frágeis em angústia proferidos,

Deixo o andamento ao tempo feliz das crianças,

Não propago análises dos períodos que não vivi,

Nem dos prazeres frívolos que são pura ilusão,

Arrisco a sorte com a liberdade que eu construí,

Em meio ao universo que expande meu coração,

E se meu eu acaricia letras na arena da existência,

Suspendendo a negativa habilidosa que me enlaça,

Instituo representações por própria sobrevivência,

Prosseguindo a minha história recoberta de graça!

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 28/08/2020
Código do texto: T7048352
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