Laços.
Não trago imagens choradas de águas passadas,
Mudando de direção como a lua em suas fases,
Não mudo os conceitos das razões estipuladas,
E nada, enfim, que possa abalar minhas bases,
Vislumbro o futuro muito além dos horizontes,
Na causa inerente que solitária me acompanha,
Tenho na alma a nota do alcance dos ‘ontontes’,
Transformando a vida na análise de quem sonha,
Não menciono opiniões sobre feitos esquecidos,
Vivendo apenas as saudades e suas lembranças,
Nem cito termos frágeis em angústia proferidos,
Deixo o andamento ao tempo feliz das crianças,
Não propago análises dos períodos que não vivi,
Nem dos prazeres frívolos que são pura ilusão,
Arrisco a sorte com a liberdade que eu construí,
Em meio ao universo que expande meu coração,
E se meu eu acaricia letras na arena da existência,
Suspendendo a negativa habilidosa que me enlaça,
Instituo representações por própria sobrevivência,
Prosseguindo a minha história recoberta de graça!