O Fiel Companheiro

Na sutilidade da noite fria...

Só o silêncio foi meu companheiro.

Vagarosamente, até as milhares de luzes da cidade acesa Foram se tornando confusas...complexas... E sem razão tornou-se o seu brilho.

E eu fui ficando cada vez mais atrelado ao meu fiel companheiro por toda noite-manhã.

E no difícil caminhar, arrastando a noite, pesaram os meus olhos vermelhos de areia, e acabei recebendo o que não era sonho e sim, o tão esperado dia dos namorados... Dia dos corações apaixonado feito o meu. No qual estive apenas contemplando o meu fiel companheiro, na minha terrível embriaguez...E ela não veio.

Bruscamente rasgou o sol abrasador no infinito céu azularado. Beijou-me a face...

Roubou minhas lembranças de delírios mil, e tombei ao lado do meu velho e fiel companheiro, feito um trapo de gente, cansado da noite mal dormida e mal amado, e mesmo assim... Ela não me apareceu com meu sempre esperado presente de namorado!

Francisco Alves
Enviado por Francisco Alves em 22/10/2007
Reeditado em 22/10/2007
Código do texto: T705112