Funesta criatura

Cada vez mais robusto de passado

aquele esqueleto comedor de horas

não vê que ontem era dia de ócio

e não de cavar sua própria sepultura.

Hoje, continua debaixo do sol

enquanto seus ossos se degradam

Sorri o sorriso dos desgraçados

e flerta com os vermes das profundezas

Fere a terra com sua ferramenta de sangrar tudo que é vivo

Só para na hora de seu estranho culto à sombra

E vai comendo mais e mais horas.

Vem o vento e o desmancha.

Agora é uma pilha de ossos

sem ter quem o coloque na sua cova aberta

Dan Rudá
Enviado por Dan Rudá em 08/09/2020
Reeditado em 26/11/2023
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