O sol descortinava sobre o mar, sua energia infinda. Da praia, partiam homens com remos, que em perdidas distâncias, esgotavam seus músculos. Sob as pálpebras a busca incessante por mares e sóis, mais que distantes... Isentos de dúvida, seguiam rumo ao horizonte. Buscavam vida, a qual, nem sempre traziam. Do mar, muitas vezes tornavam revezes. Como rugas no rostos e a pele curtida pelo sal. Nuvens, dias, gaivotas... Que pela vida, impingiram vertebrados dias, veladas agonias e prantos. Tempestades, ventos alheios de fúria incontrolável. Muito calor e frio pela jornada. Todos, ingredientes de perplexidade e respeito,  que sempre os nortearam, os sustentaram e pela vida, conviveram.  Mas, que em momento algum lhes fizeram desistir, ou sequer, perder o encanto...


​​Praia de Itaipu, abril 2019.