Curso alterado

O que sou hoje nem sei, me tornei...

Assim tornado, arraso as cidades onde habitam os seres que me compõem.

Sensações, eu derramo.

Senso, já não tenho.

Sem explicações a mim mesmo,

Reinvento meus dias, pinto-os multicor e disfarço meus medos. Mau hábito que me afasta do que aflijo, mas dele não me livra. Perco meu norte. Volto-me pra um oeste bandoleiro, no qual o sol se põe. Declamo monólogos oníricos a esse sol que me incendeia. A ele toda minha frente e meu verso; minha admiração que não cessa; minha cegueira e meu horizonte, ali, ao alcance do toque. E o toque é a materialização do sonho.

Sem explicações a mim mesmo.

Pelo menos você me entende.

OBS.: Bonito isso, né. Não é meu não, é do meu irmão. Créditos a Valdo.