E agora?
E agora: quem outrora foi embora
Bem na hora em que lá fora
O frio assoma o lugar?
E agora: sem demora, não
Vigora a estória
De amor que amei plantar?
E agora, já não ora aquele
crente, e a memória se ressente
das inglórias lutas ao acreditar?
E agora: se me tora,
lado triste me devora,
lado forte me explora,
lado reflexivo vai e volta.
Se imbricam e incorporam
um antagônico pensar?
E agora: toda flora, toda fauna
tão exótica, bela, rica deteriora
E isso tudo me deplora.
Como vou testemunhar?
Lado triste geme, chora,
quer ser lindo, quer e implora
ser ouvido e quer cantar.
Lado forte me ignora, foge,
vem e reelabora, e logo logo
some, mora em algum outro lugar.
Mas, não comigo...