Das Certezas de Sempre


 

O tempo, o vento e as muitas lembranças pesam, mas também trazem levezas.
As certezas estão minguantes, difíceis, quase etéreas, mas sei que ainda quero minha boca  suspirando sorrisos, murmúrios, poemas e canções de amor.
Ainda quero ser eu, com minhas contradições, minhas manias e minha fome de vida.
Ainda quero arrepio na pele, abraços de boas vindas, gargalhadas, acenos nas despedidas, saudades para acumular.
Ainda quero vida escorrendo nos olhos, estrelas no céu da boca, versos de bem querer e todas as surpresas que corações e almas ainda desejem e se permitam.
Não sei se ainda seremos nós, mas não vou abrir mão de viver, de sonhar os sonhos que me cabem e que luto por eles, diuturnamente.
O tempo, o vento e as muitas lembranças podem pesar, mas já aprendi que tem jeito de não doer nos ombros, no coração e na memória da pele.
Já aprendi e ainda quero ensinar.