Salmos 22
(Prosa Poética)
Á Pedido de Um Amigo


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     Deus Meu! Deus Meu! Por que me abandonaste?
Palavras de Jesus quando estava pendurado na Cruz.
Palavras de sofrimento, Palavras que, por mais que quiséssemos, não poderíamos expressar realmente o amargor e a dor de quem
as proferiu!

     Desde a noite anterior que Jesus sofria sob a guarda dos soldados romanos.
Ele foi preso no horto e manietado, fora levado á presença de Caifás o sumo sacerdote aos empurrões.

Amarraram-no á uma das colunas da casa do Sumo Sacerdote chicotearam-no muito. No mesmo recinto, ele assistiu a negação de Pedro.

Dali foi levado á Pilatos, depois á Herodes que queria um sinal e, novamente á Pilatos que não achando culpa n’Ele entregou-o
á plebe que o mandou crucificar.
          Debaixo do açoite do feitor, carregou a cruz até o Gólgota, caiu algumas vezes, sendo ajudado por Simão o Cireneu.
Foi pregado com enormes pregos no madeiro e erguido entre a Terra e o Céu.
Alí na cruz, nú, ensanguentado, machucado, cheio de hematomas das chicotadas que levou sobre seus lombos, coroado de espinhos e com sede, ouvia as imprecações, as maldições, os esconjuros da multidão enfurecida,
     Satanás ria as largas, todo o seu Orco ficou vazio naquele momento, todos os demônios vieram assistir aquele sacrifício cruento.

O povo que Ele havia curado, de repente, alguns esqueceram –se do beneficio que tiveram, uns zombavam outros imploravam por Ele, a bulha era grande ao pé da cruz!
     Ele viu quando a Natureza se rebelou contra a humanidade. O Céu escureceu de repente e o sol em pleno Zênite foi ao ocaso.

Foi nessa hora que Ele exclamou em aramaico: Elí, Elí, Lamá Sabactani. Deus Meu, Deus Meu, porque me desamparastes.
     Pessoal, pensa Na dor de Deus! Nessa hora, ver o seu filho, sofrendo desde o Getsêmane, onde a agonia foi tanta a ponto de Ele suar grandes gotas de sangue. Depois, o beijo falso de Judas, a voz de prisão, as cadeias nas mãos e pés, os empurrões, amarrado á coluna da casa do sacerdote, sendo tratado como fora da Lei,
Levou sobre si quarentas chicotadas, menos uma com um chicote feito com cinco tiras de couro entremeadas de pedaços de ossos e correntes.
Recebendo tapas no rosto, de uma e de outra autoridade do Sinédrio, julgado em três tribunais, "Sinédrio, Romano e Herodiano.

Zombado, cuspido por uma centena de soldados romanos que passaram para o seu turno na guarda.
     Pensa, como estava sangrando o coração do Pai!!!

     Se pararmos para meditar em tudo o que Ele sofreu fisicamente, talvez até entendamos de verdade o porque daquele brado!
Deus Meu, Deus Meu...
Mas esse brado foi muito mais interior, intrínseco, porque em vista de tanto sofrer, por causa dos nossos pecados, Ele que era santo imaculado estava com a alma dilacerada, e como se não bastasse nossas enfermidades estavam sobre ele. Jesus era muito forte para suportar tudo isso sem desmaiar e sem perder um só lance do que estava acontecendo ao seu redor.
     Aí você vai dizer: mas Ele É O Filho de Deus!

Sim, mas Ele É homem Ele estava macerado, moído feito pó!
Nessa hora o Pai ao ver aquele quadro Tétrico, um pecador no mais alto grau de suas transgressões e enfermo, entumecido e putrefato, sentiu-se ferido em sua santidade, O Coração de Deus sangrava e doía e Ele, O Eterno Criador, não pode contempla-lo, por isso virou-lhe o rosto e Jesus, sentiu-se SÓ, abandonado!

Nem O Pài, nem os homens o queriam naquela hora.
     A Luz cósmica negou=se a iluminá-lo, as trevas eram densas, o Sol se escondeu, desceu ao ocaso e negou sua luz até o dia seguinte.

A Terra tremeu, as rochas fenderam-se não suportando tanto sofrer.

Alí, naquele brado estávamos todos nós, pecadores, doentes, miseráveis e desgraçados.
Alí estava o nosso brado angustiante: DEUS MEU, DEUS MEU, PORQUE ME DESAMPARASTES?
Por que te alongas de mim e ficastão longe de salvar-me,
tão distante dos meus gritos de angústia?
O tempo todo Sangrava O Coração do Eterno!!!




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Ahavah
Enviado por Ahavah em 29/09/2020
Reeditado em 21/01/2023
Código do texto: T7075267
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