Africanto
desenharam um horizonte naquele pedaço de terra batida onde a luz pouca respondia aos batuques enquanto os pés obedeciam o sentido da prece ao criar rodas anciãs descalças de brancas flores brancos colares vestidos de mel e mel em cruz na testa das crianças clamando a paz pelo criador presente na casa acolhedora da mãe velha de olhos brancos porém sábios ao aconchegar todo coração ajoelhado em lágrima dor lágrima de filhas e filhos daquela crença filhos agora guerreiros filhos irmãos e irmãs de mar filhos irmãos e irmãs na fé e da terra agora assombrada pelos que desconhecem a beleza da terra de filhos irmãos e irmãs cujos braços protegiam o próprio corpo e rogavam piedosamente para receber as graças do céu e daqueles que partiram sem sentir o suor das mãos dadas em círculo cantando vibrações iguais às das velas brancas e vermelhas e marrons a honrar a casa útero das divindades de axé.