Detesto quando você produz poesia em mim. Prefiro aquela sagrada esterilidade que a alegria traz. Detesto ficar fantasiando que as músicas no rádio foram feitas para mim, que o autor está dormindo em seu estúdio e não saiu para ver o céu. 
Detesto escrever. Odeio escrever. Pois acabado o poema a tinta borrada impede que voce me leia, e meu grito fica perdido no limbo dos sentimentos não vividos.




Dara Lima, janeiro de 2007.
Dara Pinheiro
Enviado por Dara Pinheiro em 08/10/2020
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