GOSTARIA DE SER, MAS NÃO SOU UM BEIJA-FLOR

Prólogo

Os beija-flores nos transmitem alegria e lúdica vivacidade. Eles também nos mostram o prazer proporcionado por uma vida livre de tudo aquilo que nos sobrecarrega e nos tornam infelizes, tristes e cheios de cargas emocionais danosas que nenhum bem nos fazem.

Com suas alegrias contagiantes os beija-flores ensinam que, mesmo em meio aos imprevistos e indesejadas negatividades, temos a opção, pelo livre-arbítrio, de escolher fazer da alegria uma constante em nosso caminho.

GOSTARIA DE SER, MAS NÃO SOU UM BEIJA-FLOR

Hoje, por conta dessa cruel e danosa pandemia, não podemos beijar nem abraçar nem mesmo a quem amamos com a fidelidade do nosso benquerer, mas esse mal medonho não tem a força nem a malícia de me impedir de sonhar com você a me beijar.

Gostaria de ser, mas não sou um beija-flor. E não beijei tanto tantas, por esse mundo afora, mas das poucas cândidas mulheres como flores que beijei... Uma delas ensinou a mim um jeito diferente, usando as mãos buliçosas, um modo terno de beijar.

Pelo aplicativo combinamos, mas a madrugada que desejamos eterna foi breve. E no embalo da paixão mágica, que fez o tempo voar nas asas douradas das imaginações sublimes, sem lindes, aconteceu o anseio como a ternura do outrora beijar.

CONCLUSÃO

Entregamo-nos mutuamente e mesclamos nossos feromônios. E giravam em torno do renascer nossos sentidos dando sentido às vidas que florescem numa explosão orgástica. Nesse momento percebi o quanto me faz bem amar você. E tudo nos pareceu um breve instante no despertar dos instintos mais primitivos, nos sôfregos desejos de nos beijar.

Quando os primeiros raios de um sol dourado se imiscuíam entre as árvores copadas e viçosas dos bosques floridos, iluminados e perfumados; volitamos sorridentes, satisfeitos, como benfazejos espíritos no devaneio justo e merecido mesmo sem podermos, ainda, ansiosos e apaixonados nos beijar.