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AMOR E EU

Acho que é por que eu tenho a lua em Virgem e a casa sete em Gêmeos, a quatro em Aquário, a onze em Libra e Venus em Aquário, (AR), que eu seja uma pessoa aparentemente tão contraditória afetivamente.

Não sou.

O meu norte é bem específico. Em astrologia, um Leão. Mas não é de Leão que vou falar. Eu tenho um norte aqui, dentro de mim. Eu quis casar cedo e ter filhos. Mas eu quis também fazer da minha família um núcleo bem diferente do que se vê por ai, um oprimido e outro opressor.

Sempre fui boa em seguir meu norte. Mas tropeçando. Talvez por fazer parte dessa geração que veio dar continuidade ao projeto de libertação feminina, que apenas engatinha.

Sempre fui aquela parceira rebelde que acha que tem que ter direitos iguais nos meus relacionamentos. Isso por que eu me sinto todas as mulheres do mundo. Devo começar por mim. Se uma se liberta, todas poderão. As mulheres, em essência, são todas minhas irmãs. Menos as que se corrompem. Essas são primas de terceiro grau, distantes, que eu penso que podem se recuperar um dia.

Não vejo os relacionamentos como coisas estanques, herança do patriarcado. Questiono os valores tradicionais do casamento. Questiono o casamento. Mas não questiono o amor.

E o amor é algo bastante livre. Algo que, instintivo, assusta os capitalistas de plantão, que , por isso mesmo, criaram o casamento e todas as suas regras. Criemos, nós mesmos, e mesmas, as regras dos nossos próprios relacionamentos! Elas tem que valer para nós que estamos nos relacionando.

Mas, continuamos nascendo fieis ao amor, e só nos corrompemos perante a cultura mais ou menos comercial do amor, conforme nossa personalidade, mais ou menos rebelde, e a pressão na nossa cabeça. Digo cabeça, por que o amor continua lá, invencível, no fundo de cada um e de todos nós.

Mas o velho monstro vem nos atacar e nos fazer sentir culpa, vergonha, deslocados perante os demais, que também tem seus monstros.

Eu não sei tudo de mim. Nunca vou saber. E é por isso mesmo que muitas vezes me torno um problema, para mim e para os outros. Mas é assim pra você também. Somos difíceis, depois que encontramos com o grande monstro da mentalidade social cheia de regras para o amor.

Aderir a algumas regras, enquanto servem. Outras, dispensar.

Mas o amor, que seja o mais forte e que grite pelo mundo.

Vão chamar voce de louco. E só então, perceberá o quanto é bom!

Juliana Mendes Bueno Artemis Lua Crescente
Enviado por Juliana Mendes Bueno Artemis Lua Crescente em 11/11/2020
Código do texto: T7109175
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