Amor quase banal

Ainda te vejo pela janela - a luz realça seus olhos

O carro parte / eu me parto

Te levo na imaginação

Te materializo em sonhos, quarto e chuveiro

A cama ferve a pele

Voltei para você

Proxima parada é o teatro - Só se parado em seus braços

Minha mente excitada pelo aripiprazol

Você se move rapidamente pela casa

Voa alto e mergulha em meu caos

Beije a boca que te escarra e coloque o poema anel em meu dedo

Até que as rugas dominem meu rosto

Um casulo inundado de gasolina - nosso toque inflamável e lar atemporal

Aprofundo em um plano inevitável - já não faz parte do mundo das ideias - algo mais expressivo e perfeito em meio a fatalidade

Fico bem ao ponto de vomitar - desorientado por sentir-me bem pela primeira vez

Sem resquício da maldade que habitava em mim - confio muito mais em primaveras que verões

Florescer sob um lixão cheio de sofas e morte - morrer em baixo de uma árvore sob o sol escaldante

Não tenho luz, procuro por corpos celestes que me aqueçam / só materia escura

Consumindo as energias até sobrar apenas dois corpos

Nus

Em um uma cama de casal

Em um quarto escuro

Eu acho que te amo