À intensa força criadora

Rendo graças a você,

que remove meus lugares fixos internos;

zomba da moral cristalizada

que me foi imposta como única e verdadeira,

subverte as receitas prontas de vida encapsulada

e abre novos caminhos

onde só existiam os pré-determinados.

Rogo para que não me permita jamais

encontar a verdade absoluta.

Nem me dê a paz completa,

aquela sem voz, sem inquietude, sem nada de caos.

Mas continue me concedendo a graça

de não ser ovelha, de não ser um só.

E não me tire o direito de questionar o mundo,

você, eu mesmo.

À ti, que não é sagrada,

masprofana, libertina, humana;

obrigado!

Dan Rudá
Enviado por Dan Rudá em 01/12/2020
Reeditado em 26/11/2023
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