Os males do mundo e a falta de foco
Usar a poesia para falar de assuntos sérios como o estupro não seria o mesmo que saudar o Mal com flores?
Dizer que são “os homens” que estupram, não seria o mesmo que dizer que são “as mães” que jogam bebes em latas de lixo?
Dizer que assassinos são “racistas estruturais” não é o mesmo que procurar carneirinhos nas nuvens?
O quê se pretende afinal, combater o Mal ou enfeitá-lo e diluí-lo na Sociedade de forma que não se tenha motivação para punir os reais culpados?
O que se pretende é “clamar por justiça” ou deixar evidente que é impossível se fazer justiça porque “todos são culpados”?
O ser humano é susceptível de se viciar em tudo que podemos imaginar e não imaginar.
A facilidade de se expor pensamentos e opiniões tornou visível uma legião de viciados em elogios, para os quais, mais importante do que “mudar o mundo” é ser alvo de mesmices elogiosas e “aparecer bem na foto” como os para-raios dos males do mundo.