O DIA DO AMOR...
 
Prenúncios de auroras do amor que não rompem,
o clarão se aproxima e se afasta...
Ouço a orquestra dos pássaros principiando o concerto
matutino, mas num repente se emudecem...
Qual sentinela fico de prontidão contemplando o horizonte, que oscila entre a claridade e a escuridão...
Porém, a negritude da madrugada predomina...
Passam os dias, meses, anos e o dia do amor não amanhece...
Às vezes as lágrimas da chuva do cansaço me inundam de descrença e lamento a noite interminável...
Muitos sóis resplandecem ao meu redor, mas nenhum deles me pertence...
Entre os prelúdios das alvoradas que se esquivam, permaneço enclausurada na noite da solidão...


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