Marés

Essa terra não é minha antes dela eu sou,

Ela me empresta um pouco de espaço, os

Sonhos encerram a cada passo que dou...

Não sou tio, não sou pai, não sou o irmão

Que um dia desejou, não sou marido nem

Namorado sou só no mundo queimando o

Juízo no sol quente da estrada, destinado

A morrer sem ninguém, vivo sem o amor.

Um dia fui tudo isso agora sou o fantasma

DRAGÃO QUE ASSUSTA NO MEIO MAR.

Propagado amor iludido, desiludido, nasci

Por uma grande infelicidade, as primeiras

Palavras que falei para minha mãe, ainda

Recordo. Ei porque vim parar nessa cidade?

Não gosto desse lugar, quero viver naquele

Lugar onde as marés espumam bordados e

Rendas, quero correr pela praia onde viveu

José de Alencar, quero viver *morrer nesse

PAÍS CEARÁ. Com ele me identifico.

No Ceará tanto faz está só *acompanhado

Para todos os lados que vou sou felizardo...

De um lado praia do outro lado mais praias

Cada uma mais perfeita que a outra, cores,

Sol, marés, água de CÔCO gelado e picolé.

Os ventos daqui sopram poesia as pessoas

Falam com alegria o sol não causa nostalgia,

Poetas se engasgam com os ventos, a cura

Eles encontram nas violentas marés.

Depois de um dia de apoquentação calção

Um par de chinelos, dá um mergulho, une

Forças respira vai dormir amanhã outro dia

vai fazer tudo outra vez até a vida acabar.

Almeida Clementino
Enviado por Almeida Clementino em 12/12/2020
Código do texto: T7133929
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