Novo, em mim, se fez o amor...
Novo, em mim, se fez o amor.
Não como antes, incendiário, enlouquecido, apaixonado.
Não. Surgiu assim... pela menina da esquina...
Doce menina, que nem sequer sabia de sua essência. Do amor...
Surgiu d'uma troca de olhares, de um dedo de prosa, inocente,
sentados à beira da calçada... assim se viu, um... dois... tudo!
Nele, nada havia a não ser o vazio. Nela, restos de um passado...
Nele, agora só havia ela. Nela, um pouco de tudo, e um pouco dele...
Nele, a esperança de algo nascer. Nela, a vontade que algo morresse...
Cada qual desenvolveu o amor... a seu modo!
Ele, se permitiu amá-la mais que tudo! Mais que a ele mesmo!
Ela, limitou-se a torná-lo um ser especial, entre outros...
Assim, nasceu de novo em mim o amor.
Novo... desse jeito! Eu de um jeito...
Ela... bem... ela, do jeito dela!
Novo, em mim, se fez o amor...
Ah! o amor...