POR QUE SOU POETA

Não sei por que sou

Lembro-me quando criança

Estava numa festa de casamento

A noiva ia chegando de noivada

E o noivo de terno esperando

E o povo em bater palmas

Depois houve o rodapé na tulha

Começou as valsa dos noivos

Eu era moleque e estava

Do lado do sanfoneiro

Uma mocinha menina

Me olhava com lindos olhos

E um velhinho com uma garrafa de pinga

Veio até mim e me ofereceu um copo

Que eu tomei ainda criança.

Foi bom, meu mundo mudou...

O velhinho da garrafa da pinga

Disse a mim sorridente:

- Você, menino, matou-me uma saudade

Do seu avô JOAQUIM GENEROSO DA COSTA

FIM DE UMA HISTÓRIA

Benedito Generoso da Costa
Enviado por Benedito Generoso da Costa em 23/12/2020
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