EU A DOR E O INFARTO
O sono fugiu
O mundo sumiu, apenas a dor surgiu
Veloz como o som
Intensa como um raio
E violenta como um tapa
Ela não passa
Se agarra e se torna intensa
Olhar para o lado não se aguenta
Gritar não compensa
O fraco que aguenta.
Apenas eu e o infarto
A dor é o fardo
O médico meu único afago.
Que corre junto a macade
Que ordem dá ao que ampara
E a dor que se cala na sua ordem seringa a dentro..
O líquido que escorre gelado
Com a mão que mede meu lado
A pressão que sobe pelo fato de ter o sangue querendo seu espaço..
O enfermeiro que atento a ordem me olha
Meu corpo inerte que espera
Minha alma aflita que ora para que tudo acabe e a dor se cale.
Entre o silêncio da espera o apito da máquina e o suor que em mim gela tudo toma seu lugar, o sangue espaço para passar meu corpo sua dor cala e volta a suportar tudo que ainda precisa passar.
Porque a de chegar o tempo de ir para casa, voltar apenas como lembrança contar, tudo o que infarto me fez presenciar.
Até a próxima.