ESPERA

Eu deixei que o céu estrelado

Se apagasse

E que na noite

As estrelas

Partissem sem um adeus.

A imenisidão do universo

A testemunhar minha desdita

E eu,

Fantoche retalhado,

Solitário

À espera de carona

Na cauda de um cometa

Para fugir da minha própria dor.

Somente ficaram as suas risadas

Como guizos

Ecoando no infinito

Tão alto que feria meus ouvidos.

Depois...

O silêncio.

E no vazio o eco repetido de um beijo ardente.

Acho que jogado por uma estrela cadente!