Mulher de bigode

Quando quero um tempo pra mim, Deus sempre me humilha, lembrando que minha essa vida não é pra mim.

Bem quando a segurança solitária de um Museu brasileiro quer conversar e eu quero pirar nos quadros transbortandes de uma história e uma arte a qual eu não conheço.

Me rendo, com raiva, e comento sobre os bigodes das mulheres num quadro grandão. A segurança sem nome ri. Ela não tinha percebido esse detalhe e solta o jargão de tio do pavê: -"Com mulher de bigode, ninguém pode".

Isso me lembra que o motivo de eu ter sofrido bullying na escola. O bigode.

Alguns cromossomos da minha genética herdada por algumas portuguesas safadas e outros tantos seres humanos colocaram uns hormônios para trabalhar cedo de mais em mim.

Já com 10 anos eu usava absorvente e tinha bigode. Buço, o nome para tais pelos facias em seres humanos do sexo feminino, por que elas tem ele mais fininho. A afirmativa não é tão verdadeira para as mulheres do quadro grandão no Museu Brasileiro, por que o pintor fez questão de mostra-los. Dava pra ver de longe.

Ahhh

Como um frango sem sal, tudo que eu escrevo tem um tom pessoal.

Felizmente, inventaram o eu lírico.

Assim botemos botar a culpa e a responsabilidade na voz que fala no poema.

N.V - 10/ 2020

LizaBennet
Enviado por LizaBennet em 20/01/2021
Reeditado em 22/01/2021
Código do texto: T7164623
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