ENIGMAS DESTE AMOR

Ah, este amor!

Descorticado e entropeçando

Mais sabendo que sendo esmiuçado

A lançar estolões à margem alheia

No abandono do trono.

Este amor...

De bandeira içada, porém na fralda e transparente

Com alma a envergar chambre roxo e galocha

Não chove há meses!

Contam-se os raios.

Não divulgue

Renuncie!

Outubro é o mês das bruxas

Máscaras abundam nas faces imberbes

Morra sem direito a amar.

Post scriptum:

[- Este amor, donde saíra? Para onde irá migrar? Quem o parira?

- Não sei.

Mas, a parteira, sei, foi a solidão!

Ou foi à solidão?].

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 30/10/2007
Reeditado em 24/04/2008
Código do texto: T716657
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