ENTRE O BEM E AS COISAS QUE NOS PERSEGUEM

Céu, imenso e intenso véu

Nuanças em mel

Traz-me nuvens claudicantes, descoradas

Em torno, no entorno, um chilro.

À ausência dum incentivo

Orgulho mastigado às pressas

Ardendo nas metáfases, doendo demais

Principalmente nos anais.

Em cores zebradas, de olores tais, irrisórias

Os mesmos esquifes a guardar o pó

Esgaratavando meia dúzia de miúdas vozes

Equinócio das nozes, percalço e sabão.

Sou eu, então

A me sentar à janela do tempo à espera do manto escarlate

À procura da barba hirsuta, alvíssima e macia

São noites de cristal... em meio a tudo... permeia o mal

Segue a nau...

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 31/10/2007
Reeditado em 24/04/2008
Código do texto: T717297
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