prosa sem prosa

prosa sem prosa

pessoa orgulhosa

sem lembranças da dama formosa

cantou o galo e abriu-se a rosa

todavia, o sol ainda não raiou

talvez venha a raiar

esperarei la na lagoa

ouvirei os pássaros

eles têm muito a contar

reclamam da desigualdade

da superioridade do sabiá

e as lagartas confusas

admiram a borboleta

que fazendo careta

não lembra quem já foi

corre a girafa

ouvisse o mugir boi

de oi em oi

nada para depois

na brisa do lago

ao som do trovão

raios e rios

uma luz

uma morte

uma vida sem sorte

num espaço sem abraços

doces e eternas lembranças

tão jovem para amar

tão velho para decidir mudar

pedirei ajuda a uma criança

quem sabe

vem a lembrança

que ainda é possível sonhar

Ronaldo Crispim
Enviado por Ronaldo Crispim em 15/03/2021
Código do texto: T7207354
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