não cristalize
Transpor em palavras sobre aquilo que sentimos, muitas vezes, não é uma tarefa fácil. Muitas vezes, é tão novo que você não sabe se realmente sente. Em minha individualidade, em minha subjetividade, não me justifico, apenas nutro em mim, potentes e singulares narrativas sem um fim. Mas quando encontro outros corpos, absorvo a necessidade de respostas. E desse modo sentencio a morte de partes do meu eu. Será que aqueles outros corpos também se sentem obrigados a isso? Se for verdade, somos a consequência. Acabamos nos resumindo ao que não somos, cristalizando em nós aquilo que não nos foi permitido elaborar durante todos esses anos. O meu desejo, é que estejamos ao avesso das assimilações.