O dragão que respiro

Em meu silêncio sinto no peito a fúria de um dragão

Por quê não descansas por um segundo vasto coração?

Quanto mais desejo a noite perfeita,

de ser alguém um pouco mais normal

dentro desta bolha de anormalidade

de uma geração de hipocrisia social

mais minha alma se inquieta

se desespera

na busca incansável da normalidade

que pouco existe em mim

Meu coração acelera desesperado

Meus olhos se inundam apertados

Meu corpo se expressa despedaçado

Os segundos encolhem o tempo

E o tempo é pouco para curar

Por instante poder lhe amar

E lhe parecer só um pouco sensata

O tempo é pouco para maquiar

A escuridão que existe em mim

Eu sinto muito por tudo isso,

por esta maldita dor que me é inata

Amar- me é abraçar este risco

Que a noite de luzes no céu brotem das amargas feridas

O aroma e a beleza de jasmim

Pois desta dor, meu amor tu sentirás e serás aduzidas

Tento todos os dias, a cada amanhecer,

o meu perdão

Mas nem sempre é fácil de compreender

meu coração

Eu sei, a luta deste dragão é diária até meu último suspiro

E por este saber, é que digo

Só queria repousar desta luta na eternidade que respiro

Gabriela Franco
Enviado por Gabriela Franco em 23/03/2021
Código do texto: T7214052
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