Inspirações dionisíacas

Sinto em prosa, porque não sei fluir em versos. Admiro os que sabem da rítmica, da métrica, das escolas, dos baluartes. Eu só sei dos desarranjos, dos anônimos, dos confusos. As linhas tortas que correm descontínuas fazem todo o sentido para mim, pois são a melhor forma de tornar lineares as minhas alucinações desconexas. Afinal, deliro, me inspiro e conjecturo em espirais calendóiscopicas. Profundo e desorganizado, idílico, onírico. Não aprendi nada com Orfeu, dou graças a Baco: Evoé!