Desabafo
Se eu não estiver por perto pra explicar, e se alguém quiser entender
como me sinto ao escrever o que escrevo,
gostaria que lesse meus escritos ouvindo algo como “forgive me” ou "hello",
De Evanescense. Talvez isso o ajude a capturar um pouco da atmosfera.
Não sei se poderá capturar essa experiência de vida. Nem sei se será do agrado.
Infelizmente, o que falo é sincero. E eu mesmo compreendo melhor os escritos
Ao som de algo calmo, lento, beirando à tristeza.
E não sou eu apenas na letra. Existe outro alguém e a vontade de estar junto.
De fazer do meu canto triste um ninar a esse alguém especial.
E, se irônico ou pesaroso, sempre esse alguém está distante.
Mas, dentro. Próximo o suficiente pra se fazer faltoso.
Sim, ouça Evanescense, aquela tristeza linda, rasgando o coração,
E, então, entenderá a atmosfera. Não sei se entenderá melhor a letra.
Essa é experiência de um garoto confuso, estando no mundo,
Ansioso e sedento, descobrindo-se ainda, batendo-se contra o muro
das lamentações pelos pecados não cometidos, pelas juras de amor não cumpridas,
pelos desejos não realizados. É como me sinto. Não há nada de adulto nestas letras.
Existe um adolescente gritando “eu quero me entender”, “quero estar com alguém”.
E se eu desaparecer, talvez já não seja mais assim. Talvez tenha enfim me encontrado.
E que as letras fiquem como testemunho desse tempo. E de como a tristeza foi embalada
Por canções e por pessoas especiais, que infelizmente estão dentro, mas não estão comigo.