Manhãs de Maio

Nas manhãs, onde a neblima fria e plumosa aguardava o nascer de seus raios, e a velha amiga da floresta esperava desnorteadamente por seu airoso amanhecer. E as árvores adormecidas, entorpecidas pela falta de seu calor, mal esperavam pela algazarra da ventania que às faziam dançar. É maio, e não há chuva desfarçada de nuvem que tire o vultoso murmúrio, erotizado de canto, emitido pela mãe árvore ao ver sua primeira folha que cai, ser tocada pelo calor do seu sol. Os ventos do sul espalhavam a notícia, entoando, como um carnaval, a floresta festejava. E as minhas águas, enaltecidas sob teu domínio, emitia um azul que viajava entre os teus raios voláteis, minhas correntezas despertavam os seres de minhas profunzedas que observavam nitidamente uma explosão 'dendemim'.

Iara Emannuele
Enviado por Iara Emannuele em 11/05/2021
Reeditado em 11/05/2021
Código do texto: T7252830
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