Nudez dos versos

Toda vida que pulsa,

Liberta-se do abismo

Desfaz-se na ponta dos dedos

elucidação de tudo que sinto

A vida pulsa de forma ingênua

Paira serena

Nua, plena...

Quando cessam as vozes

Apagam-se as luzes

Em meio ao nada

Em meio ao silêncio.

Caem as máscaras

Revela-se a genuína essência

Depois nos sussurros

O grito lacônico

Revolve-se nas entranhas

Os dedos inquietos

anseiam expressar

Do fardo penoso se libertar

Trilhar caminhos do desconhecido

Na luz do versos

Levando uma centelha de luz

a uma alma impregnada por dores e angústias.

Um ser livre de sua clausura

Entrego-me a este diário rito de redenção, da escrita suavizando a vida

Recriando rumos

esvaziando-me do que fere

Embriagando-me da escrita

Que dos meus dedos vertem

Adentro o meu lugar secreto

A verve e seus tantos encantos

encontro-me na leveza e magia incrustados em meus versos.